Um guia sobre Olaplex, o icônico tratamento bond repair que revolucionou a indústria — e o cabelo de muita gente!


Demorei a decidir pela compra de Olaplex. 

Ouço falar há anos sobre o produto. 

Mas, como precisaria importar, tinha receio. O negócio já é caro por si só e, com as taxas, quanto me custaria?

Além disso, o medo de acabar com uma falsificação em mãos me acovardava.

E outra, né? Com tantos cosméticos capilares disponíveis, por que me prender justo a um item dificultoso?

Afinal, o que ele poderia fazer de tããão diferente assim?

Alegando sensatez, consegui sufocar minha curiosidade.


Possivelmente, teria sossegado a cobiça por Olaplex até que a marca desembarcasse oficialmente no Brasil.

Mas aconteceu uma coisa comigo, no início deste ano, que alterou o rumo da história.

Para não ficar repetitiva (já que venho contando a saga nos últimos posts), vou resumir: fiquei com o cabelo severamente ressecado, quebradiço, no auge da porosidade.

A situação parecia incontornável.

Acima de tudo, a queda (devido à quebra) estava acabando com minha autoestima. 

Tenho cabelos finos e em quantidade comedida. Quem se identifica entende: cada fio é uma preciosidade inestimável.

Meio resignada de que a tesoura nervosa estava em meu destino, resolvi testar uma dica do Blowout Professor (Chris Wenzel). 

Sem saber exatamente onde estava me metendo, apostei num potente tratamento bond repair — no caso, o Redken Acidic Bonding Concentrate Intensive Treatment.

Pra quê?

Arruinei minha vida financeira.

O negócio trouxe mudanças drásticas para a saúde de meu anêmico cabelinho.

Tão drásticas que, a partir daquele momento, proclamei: “tratamentos bond repair, tomem todo meu dinheirinho!”.


E assim chegamos (ou voltamos) ao Olaplex.

O tratamento pai-de-todos os bond builders.

O tal com a tecnologia patenteada que revolucionou a indústria.

O queridão de Kim Kardashian.

Na minha concepção, se desejo mergulhar na pesquisa “empírica” (êita palavra-boa para camuflar meus gastos!) dos bonding treatments, preciso incluir na investigação o pioneiro da categoria! Faz sentido, não faz?

Decidi que era hora de planejar a compra.


Buscando por um vendedor confiável, cheguei à loja NocNoc (na verdade, uma plataforma que conecta compradores da América Latina a vendedores de outras partes do mundo).

Me pareceu digna de ato de fé.

Comprei pela loja via Mercado Livre e chegou certinho.

Também encontrei na Amazon (vou deixar os links abaixo).

Fiquei tão satisfeita que meu próximo passo foi adquirir o K18 (maior concorrente do Olaplex) também via NocNoc.


Olaplex Nº 3 Hair Perfector 
Embalagem com 100ml
Onde comprar:

Como participante do Programa de Associados da Amazon, afiliada Mercado Livre e Shopee, sou remunerada pelas compras qualificadas efetuadas.

Ao menos uma vez por mês, me pego em lamentos: por que não fiz graduação em química?!?

Não vem ao caso se eu daria conta do curso…

A questão é que, hoje, eu queria taaanto ter um conhecimento parrudo na área, sabe?

Adoro pesquisar sobre como os cosméticos funcionam — mas tenho entendimento limitado. Invejo aqueles de compreensão aprofundada.

De toda forma, como curiosa inveterada, busco “ampliar meus horizontes”. Então, ainda que esteja longe-longe de dominar o assunto, procuro aprender.


Sendo assim, o interesse pelos bond builders (reconstrutores ou reparadores de ligações) me levou a muitas leituras

Nessas, Olaplex (em função de seu pioneirismo e toda conversa sobre sua molécula patenteada) apareceu como referência mega recorrente.

Encontrei artigos, vídeos e tantos debates bacanas sobre a marca que eu queria DEMAIS trazer um pouco disso para o blog.

Portanto, vou compartilhar algumas coisinhas que descobri no percurso

Mas, como já disse (e repito), não sou especialista. Apenas uma consumidora sedenta por informações. Então, no final do tópico, vou deixar fontes de pesquisa para você consultar caso tenha dúvidas ou queira saber mais, ok?

Para entender por que Olaplex revolucionou a indústria de tratamentos capilares, primeiro, precisamos de algumas informações “básicas” sobre a química do fio de cabelo.

Vou tentar esboçar um apanhadão, com base no que li.


Os cabelos são formados predominantemente por queratina, uma proteína cujas cadeias são estabilizadas por diferentes tipos de ligações químicas — entre elas as pontes de dissulfeto (ligações S–S), que ocorrem entre átomos de enxofre

As pontes de dissulfeto conferem força, estrutura e estabilidade aos fios.

No entanto, processos químicos agressivos, calor excessivo, raios UV e até a tração ao pentear podem romper essas ligações.

Quando as pontes de dissulfeto se quebram, o cabelo perde resistência e elasticidade, tornando-se frágil, opaco, com frizz, pontas duplas e mais suscetível à quebra.

Embora os cosméticos tradicionais possam minimizar ou camuflar esses danos, eles são incapazes de restaurar as ligações químicas já rompidas.

E é exatamente aí que surge a GRANDE inovação da Olaplex. 

Fundada em 2014, a marca desenvolveu e patenteou um ativo capaz de reparar, em nível molecular, as pontes de dissulfeto comprometidas.

Para quem gosta de conhecer os bastidores: um pouco de história sobre a criação de Olaplex e os cientistas responsáveis pela invenção.

Bis-aminopropil diglicol dimaleato (Bis-Aminopropyl Diglycol Dimaleate) é o nome do ingrediente que tornou a Olaplex famosa.

Trata-se de uma substância orgânica com duas extremidades reativas, capazes de se ligar aos grupos sulfidrila (–SH) expostos quando as ligações dissulfeto são rompidas no cabelo.

Cada extremidade dessa molécula se conecta a um átomo de enxofre livre, localizado em cada lado da ligação rompida, formando assim uma nova ligação química artificial, semelhante à ponte original.

Em outras palavras, o bis-aminopropil diglicol dimaleato funciona como uma “ponte”, reconectando cadeias de queratina que haviam perdido sua ligação dissulfeto natural.

Esse processo preenche as falhas estruturais, devolvendo resistência e estabilidade ao córtex capilar.

Assim, diferente dos tratamentos capilares tradicionais — que agem apenas na superfície do fio (como condicionadores que neutralizam cargas ou produtos à base de proteínas e silicones) —, Olaplex atua no interior da fibra, restaurando ligações que compõem sua estrutura.

Tudo muito bom, tudo muito lindo. Mas há comprovação científica de que Olaplex cumpre o que promete?

A marca, desde o início, enfatiza que conta com estudos que comprovam a eficácia de sua super molécula.

Mas, até onde pude apurar, a comunidade científica não está 100% convencida de que o processo de recuperação dos fios se dá exatamente como descreve a empresa.

Para deixar claro: parece haver um consenso de que o tratamento com Olaplex, de fato, melhora a qualidade do fio (deixando-o mais íntegro e com cutículas alinhadas). 

A controvérsia se concentra, especificamente, na real (e substancial) capacidade de formação de novas pontes químicas no córtex.

Ainda assim, vale lembrar que a ausência de evidências conclusivas não significa que a afirmação da marca seja falsa. 

E a performance do produto sugere que, seja pela criação de novas ligações ou algum tipo de “rearranjo interno”, Olaplex efetivamente consegue fortalecer cabelos danificados.


Certo, mas e quanto à opinião de cabeleireiros e consumidores finais? Estão todos rendidos aos efeitos de Olaplex?

Unanimidade é uma coisa difícil (ou mesmo impossível), não é mesmo?

A percepção de resultados envolve expectativas, compreensão da proposta e comparativos — aspectos que podem ser bastante subjetivos e pessoais.

Claro, acredito que, de cara, podemos supor que Olaplex chamou a atenção de pesquisadores (e marcas concorrentes) justamente porque se destacou no mercado. Seu sucesso estrondoso foi (e continua sendo) incontestável.

Porém, nem tudo é aplauso.

Enquanto muitos profissionais e consumidores colocam Olaplex no altar, outros afirmam que os produtos da marca não fazem nada de surpreendente.

Também há relatos de problemas com os produtos, sendo que reclamações de queda, quebra ou ressecamento aparecem como queixas principais.

A empresa se preocupa em esclarecer que seus cosméticos são seguros — ao mesmo tempo em que busca educar o consumidor sobre a finalidade de cada um de seus produtos.

Por exemplo, o Olaplex no. 3 (item mais popular da marca) tem o objetivo específico de atuar como reparador de ligações. Embora conte com ativos condicionantes em sua composição, a Olaplex enfatiza que o produto não substitui máscaras, condicionadores e leave-ins — inclusive, deixa explícito que é preciso usar tratamentos complementares para garantir que os fios recebam a hidratação de que necessitam para se manterem saudáveis.


Não dá para generalizar os motivos que levam à plena satisfação de uns e à frustração de outros.

Porém, caso você esteja namorando Olaplex, creio que seja interessante ter em mente uma coisinha ou outra.

Primeiro: dependendo do estado de seus fios, o processo de recuperação pode ser beeem difícil, demorado — ou mesmo impossível.

Sim, você encontrará testemunhos de quem fez uma única aplicação de Olaplex e, nossa!, reencontrou o cabelo virgem.

Sinceramente, por experiência própria, acredito que o primeiro uso pode causar boa impressão. Mas, dependendo dos danos com os quais você está lidando, é na base da fé e da constância que os benefícios tendem a dar as caras.

Numa perspectiva realista, portanto, acho melhor focar na ideia do efeito cumulativo e esperar algumas semanas (ou meses) antes de firmar um veredicto.

Segundo aspecto crucial: leve a sério o conselho de Olaplex e combine o tratamento para reparo de ligações (me refiro ao Olaplex número 3, chamado de Hair Perfector) a máscaras hidratantes. 

O produto tem efeitos bem clássicos de reconstrução potente e, definitivamente, pede acréscimos de cosméticos que adicionam maleabilidade aos fios.

Ainda vamos conversar sobre a melhor forma de usar o Olaplex 3, mas acho que é importante deixar claro, desde já, que ele não é um tudo-em-um que despreza os demais itens da rotina de haircare.

Particularmente, observo que o uso de leave-ins bem hidratantes (que trazem maciez aos fios) e a adição de um pouquinho de óleo ou reparador de pontas na finalização faz tooooda a diferença no resultado final.

▪️Repairing hair, with the help of chemistry (Reparando o cabelo, com a ajuda da química).

▪️What Are Hair Bonds? (O que são ligações capilares?)

▪️How Does Olaplex Hair Treatment Work? (Como funciona o tratamento capilar Olaplex?)

▪️Structural investigation on damaged hair keratin treated with α,β-unsaturated Michael acceptors used as repairing agents (Investigação estrutural da queratina capilar danificada tratada com aceptores de Michael α,β-insaturados usados ​​como agentes reparadores)

A marca Olaplex, hoje, conta uma variedade significativa de produtos. E toda essa variedade, pelo que vi, costuma gerar dúvidas aos consumidores.

Por exemplo:

  • Será que preciso comprar o sistema completo para obter os reais benefícios?
  • Todos os produtos promovem o reparo de pontes com a mesma intensidade?
  • É necessário fazer o tratamento com Olaplex Nº1 e Nº2 no salão (já que são itens restritos ao uso profissional) para, só depois, começar a usar demais produtos em casa?

Bom, vamos simplificar as coisas.


Para serviços profissionais, os Olaplex Nº1 e Nº2 são os figurões. E, dependendo do tipo de química a qual você submete seus fios, pode ser bem interessante dar o primeiro passo com Olaplex pelas mãos de seu cabeleireiro.

No entanto, segundo a marca, você pode utilizar exclusivamente os produtos destinados ao público final e obter excelentes resultados.

Tá, então preciso de uma rotina completa com produtos Olaplex para chegar a algum lugar?

Não.

Você pode apostar apenas no Olaplex Nº3 Hair Perfector — produto que preserva alta concentração do ativo bond, mas que é formulado de modo a permitir o uso fácil e seguro por parte do consumidor comum.


Em 2020, a marca introduziu o Olaplex Nº0 Intensive Bond Building em seu portfólio. Enquanto fazia minhas pesquisas para decidir qual produto comprar, cogitei optar pelo Nº0 em vez do Nº3. 

Mas a Olaplex não aconselha que o Nº0 seja usado sozinho — sua função é atuar como um primer, potencializando a ação do Nº3.

Me coça a vontade de incluir o Nº0 no carrinho. E se você tiver esse ímpeto, só te digo uma coisa: priorize o Olaplex 3. Ele é o clássico. É a estrela. Realmente, é fácil de usar, tem um rendimento ótimo e coleciona inúmeras avaliações positivas.

Depois, se a paixão bater, você incrementa a rotina com Nº0.


Falando em incrementar a rotina, já te aviso que a tentação de se entupir de Olaplex pode ser grande.

Há shampoos, condicionadores, leave-ins, máscara, óleo (ultra bem recomendado, vale dizer) — e até um finalizador para dar volume!

Se você não tiver restrições de orçamento, maravilha, viva a experiência completa!

Porém, para o resto de nós — meros mortais com limites não tão indulgentes no cartão de crédito — ser “feliz no simples” também é possível.

A escolha de um único produto será suficiente para desfrutar dos benefícios-Olaplex.

Insisto que o número 3 seria a opção mais certeira (considerando toda a pesquisa que fiz). 

Mas você também encontrará quem aponte outros itens como os preferidos — com destaque para o óleo (Olaplex Nº7) e a máscara (Olaplex No 8 Bond Intense Moisture Mask).

Aí vai de suas pretensões e preferências.

Apenas alerto que, se o seu cabelo tiver danos severos, optar por shampoo e condicionador para conhecer a marca não seria o ideal. São produtos menos concentrados na tecnologia bonding e, talvez, não causem o impacto esperado.

Instruções gerais:

Olaplex 3 é um tratamento pré-shampoo. Ou seja, ele será o passo inicial em uma rotina de cuidados.

Para aplicá-lo, primeiro umedeça os fios.

Depois, espalhe o produto da raiz às pontas. Se preferir, você pode concentrar a distribuição apenas nas áreas mais danificadas dos fios.

Aguarde o tempo de ação do tratamento (pelo menos 10 minutinhos) e, em seguida, enxágue, aplique shampoo e condicionador (ou máscara).

Finalize como desejar.


Acho que nunca vi tanta discussão sobre a forma correta de usar um produto quanto a que encontrei ao pesquisar Olaplex Nº3.

Li um comentário (no Reddit, se não me falha a memória) que, na minha opinião, ajuda a entender o motivo de tamanha polêmica: a própria Olaplex é “culpada”. Porque, apesar de indicar instruções “formais”, a marca alimenta o burburinho ao não ser categórica em relação à “quebra de regras”.

Mesmo no blog oficial, há postagens que validam usos alternativos (digamos assim) que desafiam o tempo de pausa recomendado.

Para ser justa, há um ponto em que Olaplex sempre insiste: o Nº3 é um produto que requer o uso de shampoo e condicionador (ou máscara) após sua aplicação.

Agora, quanto ao tempo de repouso do tratamento nos fios — antes de ser devidamente higienizado e condicionado — as possibilidades parecem bastante flexíveis.

Suspeito que boa parte dessa “celeuma” tenha origem numa fala de Kim Kardashian

Devota de Olaplex — e com cabelos que resistiram a químicas de transformação intensas — Kim comentou que gostava de dormir com o produto nos fios

Em tese, a pausa prolongada proporcionaria um efeito mais intenso — o que foi amplamente apoiado por consumidoras que seguiram o truque e pela trend do “coque Olaplex” (que consiste em aplicar o produto nos cabelos úmidos, fazer um coque bem “clean girl” e seguir com a vida, belíssima, até desfazer o penteado no banho).


Tá, mas vamos tentar chegar a um consenso aqui. Qual seria o tempo de pausa ideal, proposto pela marca?

Dez minutos (embora, veja você, no rótulo conste “mais, se desejar”).

Já usei de diferentes formas. 

Achei que o cabelo ficou muito, muito, muito macio ao aderir ao Olaplex como tratamento noturno.

Porém, o resultado sensorial não foi assim tããão diferente daquele que experimento com uma pausa de uma ou duas horas.

Não tenho como dizer se o que acontece nas “entranhas” dos fios justificaria o tempo prolongado. Honestamente, pretendo repetir a dose (até porque achei prático). Mas me parece que, acima de tudo, o que vai incrementando o efeito é a continuidade do uso


Aqui, chegamos a mais uma questão sobre o Olaplex 3: qual a frequência indicada para utilização do tratamento?

Há menos debates sobre esse aspecto. 

Segundo a marca, você pode usar 2 ou 3 vezes por semana, em situações de cabelo que pedem medidas emergenciais. Ou uma vez por semana (ou até períodos mais espaçados) caso os danos não necessitem de tanta vigilância.

Por outro lado, a empresa afirma que não há risco de sobrecarga de ativos de tratamento. 

Logo, há margem para interpretação de que a frequência pode superar as 3 aplicações semanais.


Certo, falamos em tempo de pausa e frequência de uso. 

Agora, há outro detalhe para abordar. 

Sabendo que Olaplex 3 é um tratamento pré-shampoo a dúvida é: posso aplicar nos cabelos sujos?

Resposta rápida: sim. 

O produto foi projetado para funcionar sem exigir prévia higienização dos fios.

No entanto…

Há quem prefira lavar o cabelo e só depois aplicar Olaplex.

Dá mais trabalho, mas a ideia é remover qualquer barreira que possa dificultar a penetração dos ativos.

Em geral, prefiro fazer assim. Pode ser puro “efeito psicológico”, mas me convenço de que, dessa forma, tiro melhor proveito do potencial bond repair.

Pura invencionice?

Não. 

A própria Olaplex dá a dica:

“Se houver acúmulo de resíduos, como óleos, silicones ou muito produto, lave o cabelo com xampu leve e seque bem com uma toalha e prossiga com a aplicação do No. 3.”

Blog Olaplex

Ah, mais uma coisa. 

Muitas vezes associamos pré-shampoos à aplicação nos cabelos secos. 

Tudo bem, Olaplex 3 não é um simples produtinho para proteger os fios da ação do shampoo. 

Mas precisa mesmo ser utilizado no cabelo úmido, conforme instruções da embalagem?

Bem, segundo a Olaplex, até nesse quesito você tem a liberdade de subverter as regras:

“Você também pode usá-lo em cabelos secos, basta um pouco mais de produto para saturar completamente os fios. Portanto, a escolha depende da preferência pessoal.”

Blog olaplex

Se a marca está dizendo, então fique à vontade!

Mas, olha, no cabelo úmido você precisará de menos produto. Então, faça as contas e analise se vale a pena.

Acho que pode ser interessante se for aplicar só nas pontas e tal… Mas entenda que minha perspectiva é de uma pessoa mão-de-vaca mesmo.

Mencionei uma série de percepções sobre o uso do Olaplex enquanto redigia os tópicos anteriores. 

Mas, agora, quero ser um tantinho mais específica sobre o que observei em meus fios desde que iniciei o tratamento.

Penso que, antes de qualquer consideração, seria importante lembrar que Olaplex 3 não pretende ser um tratamento embelezador comum. 

Mais do que deixar a superfície do fio bonita, ele tem o intuito de fortalecer sua estrutura.

Digo isso porque tive minhas dúvidas se realmente valia a pena comprar o produto, pois li depoimentos de pessoas decepcionadas. 

Como já disse, os motivos para decepção podem ser diversos, mas uma coisa que batia eram comentários do tipo “tenho máscaras baratinhas que deixam meu cabelo com aspecto muito mais saudável”.

Facilmente, eu poderia concordar. Após os primeiros usos de Olaplex, não fiquei das mais impressionadas.

Sentia uma reação dos fios (especialmente no momento do enxágue). Mas dizer que foi uma experiência revolucionária seria exagero.

Diferente do que vivenciei com o Redken Acidic Bonding Concentrate, por exemplo. Sinceramente, a “transmutação redkeniana” foi a grande responsável por deixar minha expectativa com tratamentos bond repair nas alturas.

Contudo, por enquanto, nenhum outro cosmético bond repair que experimentei foi tão contundente em resultados, já na primeira aplicação (suspeito que o mérito seja, principalmente, do ácido cítrico — mas isso é conjectura para discutir em outra hora).

Enfim, meu ponto é: Olaplex 3 pode não parecer “tudo aquilo” logo de cara.

Claro, claro, não vamos brigar! Dependendo do momento de seu cabelo (como ele está, o que necessita e suas expectativas de melhoras) pode ser que o primeiro uso já te leve ao céu.

Falo, aqui, da minha experiência.

E se você, tal como eu, não ficar imediatamente em choque com o tratamento, meu conselho é: persista!

Após a quarta aplicação passei a observar resultados diferentes.

Não sinto o cabelo mais grosso ou algo do tipo. Mas ele está, inegavelmente, mais forte.

Aconteceu uma coisa engraçada outro dia que me deu a dimensão dessa mudança.

Estava no banho e fui fechar um pontinho de creme. No que girei a tampa, meus dedos tocaram um corpo estranho, que parecia um fio de náilon. 

Pensei “ué, de onde está vindo isso?”. 

Juro, achei até que era algo saindo da própria embalagem.

Puxei para tirar o fio dali e, mesmo com o puxão, ele não cedeu. Flexível e resistente, ele desenrolou inteirinho da boca do pote e, quando o coloquei nas mãos, tive o susto. Era meu cabelo.

Vou repetir: não sinto os fios mais grossos. Mas, aparentemente, eles atingiram um nível otimizado de resistência.

Sigo utilizando outros tratamentos — como a própria Olaplex informa, isso é essencial.

Mas estou confiante de que o No 3 está fazendo seu trabalho. Seja reparando as pontes dissulfeto ou o que for, está agregando benefícios à qualidade de meus fios.

Estou apenas nas primeiras semanas de uso. Creio que os resultados mais expressivos demorarão bons meses para “florescer”.

Minha aposta? Bom, eu tenho cabelos finos e frágeis. Se eles conseguirem ficar mais fortes, quebram menos — e assim posso ambicionar uma jubinha mais cheia, com cara de feliz.

O tempo vai dizer se chego lá.

Water/Aqua/Eau, Bis-Aminopropyl Diglycol Dimaleate, Propylene Glycol, Cetearyl Alcohol, Behentrimonium Methosulfate, Cetyl Alcohol, Glycerin, Hydroxyethyl Ethylcellulose, Stearamidopropyl Dimethylamine, Quaternium-91, Cetrimonium Methosulfate, Cetrimonium Chloride, Tetrasodium EDTA, Polyquaternium-37, Ascorbic Acid, Phytantriol, Tocopheryl Acetate, Aloe Barbadensis Leaf Juice, Panthenol, Simmondsia Chinensis (Jojoba) Seed Oil, Citric Acid, Phenoxyethanol, Sodium Benzoate, Potassium Sorbate, Fragrance (Parfum), Benzyl Benzoate.

Fonte: Site oficial Olaplex

Crédito de imagem de capa: Anastasia Zhenina | Unsplash